População: 1.300,00 | 2017 Idioma: Línguas oficiais: Tétun e Português e mais de 30 dialetos locais. Moeda: Dólar americano. O Timor-Leste adotou o dólar americano após sua indepêndencia da Indónesia. As notas de 10, 20, 50 e 100 são dólares americanos e moedas de 0,5, 0,10, 0,20, 0,50, 1,00 e 2,00 são cunhadas pelo Governo de Timor-Leste. Forma de governo: Presidencialismo-Parlamentar. O Presidente é eleito por voto popular para um mandato de 5 anos. Após as eleições parlamentares que ocorre em data diferente das eleições presidenciais, o Presidente designa como Primeiro-Ministro o líder do partido ou coligação maioritária e este, preside o Conselho de Ministros. Principais Partidos Políticos: FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), CNRT, PLP, UDT, KHUNTO. Divisão Administrativa: O território de Timor-Leste é constituído pela metade oriental da ilha de Timor, a ilha de Ataúro ao norte da costa de Díli, o ilhéu de Jaco, no extremo leste, e o enclave de Oecussi-Ambeno, na costa norte da parte indonésia da Ilha de Timor. O território tem uma área total aproximada de 15 mil km². Timor-Leste encontra-se dividido em 13 distritos: Bobonaro, Liquiçá, Díli, Baucau, Manatuto e Lautém na costa norte; Cova-Lima, Ainaro, Manufahi e Viqueque, na costa sul; Ermera e Aileu, situados no interior montanhoso; e Oecussi-Ambeno, enclave no território indonésio. Bandeira: Amarelo - os rastros do colonialismo; Preto - o obscurantismo que é preciso vencer; Vermelho - a luta pela libertação nacional; Branco - a paz. Vistos de turismo para brasileiros: Não existe a necessidade de emissão de vistos para brasileiros antes da chegada em Timor. O VOA (VISA ON ARRIVAL) é emitido diretamente na chegada ao aeroporto de Díli, tem validade de 30 dias e um custo de U$ 30. Renovações poderão ser solicitadas no Ministério do Interior até 15 dias antes do vencimento do visto e tem um custo de U$ 40. Principais companhias aéreas: AIR TIMOR Díli -Singapura-Díli | AIR SRIWIJAYA Díli - Bali- Díli e AIRNORTH - Díli - Darwin - Díli
Viajar em tempos de Pandemia Covid-19 Austrália/ Timor-Leste | Outubro de 2020
Durante minha permanência em Darwin, na Austrália, durante a era Covid 19 - foram 241 dias - meu objetivo era conseguir o visto para embarcar para o Timor-Leste. Minha principal preocupação era que a única companhia aérea que liga Darwin a Díli, a Airnorth, cancelasse os voos. Esta companhia mantinha três voos semanais, mas desde o início da pandemia estava realizando apenas um voo semanal. Caso este voo fosse cancelado, toda logística de viagem estaria comprometida, pois somente de Darwin conseguiria enviar a motocicleta de navio até Díli.
Neste período em Darwin , amigos em comum me apresentaram o jornalista brasileiro Claudio Savaget, que mora em Timor-Leste. Mantivemos contato e ele me apresentou uma amiga timorense, a Lurdes Pires, que mora em Darwin e é produtora de filmes. Desde do primeiro dia que conheci a Lurdes, minha história começou a mudar. Eu estava tentando o visto junto ao Consulado timorense em Darwin desde maio/20 e a resposta era sempre a mesma: Timor vinha renovando o estado de emergência a cada 30 dias, desta forma conseguiam para manter as fronteiras com a Indonésia fechadas e impedir a entrada de pessoas infectadas.Sendo assim, o visto não poderia ser emitido sob estas condições. A estratégia do Governo timorense estava dando certo pois em Timor foram registrados apenas 30 casos "importados” de Covid-19 e nenhum óbito.
Mas esta história começou mudar quando a Lurdes me convidou para que eu fosse assistir um filme do documentarista Max Stahl, que seria exibido no clube Português-Timorense em Darwin. O Max Stahl é um jornalista/documentarista britânico, considerado herói nacional em Timor. Foram dele as imagens que percorreram o mundo em 1991, exibindo o massacre de jovens timorenses por soldados indonésios, ocorrido no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Estas imagens do massacre fizeram com que autoridades internacionais mudassem de opinião quanto ao movimento de independência de Timor-Leste da Indonésia. Tive o prazer de conhecer o Max Stahl e assistir o filme Resistir é Vencer. Depois da apresentação, para mais de 300 pessoas, a Lurdes me apresentou o consul de Timor-Leste em Darwin. Em poucos minutos expliquei ao consul minha história e solicitei um visto de pesquisa, pois nas últimas semanas vinha formatando um roteiro para realizar um documentário sobre Timor-Leste.
O consul pediu que enviasse todos os documentos e a sinopse do documentário que eu queria produzir e submeteria minha solicitação ao Ministério do Interior, em Díli. Para minha surpresa em poucos dias o visto foi aprovado e eu poderia embarcar. Comemorei muito, depois de 230 dias, grande parte vivendo numa barraca em um camping, finalmente estava conseguindo me movimentar. Encaro esta viagem como um jogo de xadrez, cada jogada tem que ser pensada para movimentar as peças no tabuleiro. Vamos TIMOR!!!!